Praticamente
ninguém gosta de críticas. A maioria das pessoas
detesta e foge das avaliações. Você é
assim também? Não se preocupe. Isso é
fato comum!
Por outro lado, você já parou para pensar no
porquê desse comportamento? Certamente, na raiz desse
problema esconde-se algum evento do passado, onde você
foi avaliado e criticado por alguém sem conhecimento
adequado dos objetivos ou do processo real de crítica,
ou foi vítima de alguma crítica destrutiva.
Construtivamente, o propósito principal da crítica,
quando necessária, é melhorar a performance
de alguém ou alguma coisa. O resultado de uma crítica
bem feita é a melhora de resultados. Assim é
uma crítica construtiva.
O outro tipo de crítica, a destrutiva, tem intenções
completamente obscuras, é feita por pessoas desqualificadas
e freqüentemente envolve interesses completamente diversos
dos objetivos do processo em questão ou da melhoria
da performance do executor. Esse tipo de crítica não
merece ser, e nem será, considerada nesse artigo.
Agora...assim como você não gosta de ser vítima
de uma crítica destrutiva, ou de uma crítica
mal feita, outras pessoas também não! Portanto,
é essencial aprender a criticar corretamente a performance
de outras pessoas.
Primeiro, você deve conhecer, compartilhar e estar focado
diretamente nos objetivos das atividades a serem criticadas.
O seu único propósito, de coração
e alma, deve ser ajudar a melhorar a performance dos executores
para que os objetivos das atividades sejam alcançados.
Nunca utilize da crítica como ferramenta para levar
vantagens, vingar-se, ferir alguém, acalmar fraquezas
(ciúmes, inveja, etc) pessoais, ou mesmo para expressar
descontentamento ou raiva gerados pela sua interpretação
de algum evento.
Assim, se você tiver qualquer tipo de sentimento que
possa conduzir a uma das condições acima, ou
se não tiver a experiência prática e o
conhecimento suficientes para analisar os fatos adequadamente,
simplesmente abstenha-se de dar qualquer opinião sobre
o assunto. Ainda, nesses casos, abstenha-se de “fofocar”
ou rotular atitudes, ações ou pessoas com base
nas suas próprias fraquezas. Antes de manchar a sua
integridade com leviandade e injustiça, olhe para o
espelho e resolva as suas próprias questões.
É preciso caráter para saber quando calar.
Segundo, quando for necessário, e você estiver
técnica e moralmente habilitado para avaliar e criticar
construtivamente as ações de alguém,
fique atento aos seguintes pontos fundamentais:
1.1.1. Proteja, a todo custo, a auto-estima da pessoa. Imagine
que ela seja delicada como uma bolha de sabão. Não
a perfure ou destrua inadvertidamente com suas palavras
afiadas. Sempre comece relembrando o objetivo principal
das ações e a importância da participação
da pessoa no processo. Depois, aponte os pontos corretos
e positivos do que foi feito.
1.1.2. Focalize no futuro, não no passado. Não
busque por explicações, busque por soluções.
Nunca diga: “Por que você fez uma idiotice dessas?”
Diga: “Baseado nos nossos objetivos, o que você
acredita que deve ser modificado para termos melhores resultados?”
1.1.3. Focalize a crítica no comportamento, atitude
ou performance, nunca na pessoa. Substitua a palavra “você”
pela descrição do problema. Por exemplo, não
diga “você foi inadequado…”; diga
“sua atitude foi inadequada...”
1.1.4. Use “eu” para descrever e assumir responsabilidade
pelos seus próprios sentimentos. Não use “você”.
Por exemplo, ao invés de dizer “você
me fez ficar muito bravo quando...”; diga “eu
fiquei muito bravo porque eu interpretei…”
1.1.5. Seja prático e objetivo. Na sua crítica,
busque que a pessoa desenvolva um plano de ação
definido, específico e claro para solucionar o problema.
Isso é a essência da crítica construtiva.
1.1.6. Trate apenas daquele problema específico.
Não “aproveite a situação”
para trazer nenhum outro “assunto mal-resolvido”
para a mesa.
1.1.7. Ofereça ajuda para executar o plano de ação.
1.1.8. Assuma que a pessoa deseja fazer um bom trabalho
para atingir os objetivos. Pense assim: “Se ela errou,
não foi por maldade ou por ação deliberada.”
Seja construtivo, positivo, calmo, paciente e sensível.
Deixe que a pessoa fale. Ouça com mente aberta e sem
interpretações pré-definidas. Não
deixe a conversa seguir para justificativas ou lamentações.
Conduza-a para novas idéias e soluções.
Nunca seja destrutivo. Construa pessoas! Você irá
se surpreender em como essa simples atitude irá ajudá-lo
a construir a si próprio! |